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sexta-feira, 13 de julho de 2007

E...O PAPA NÃO TEM JEITO!


Decreto do papa Bento XVI:a polêmica continua
O Pe. Jesus Hortal, S.J., reitor da PUC e membro da Fraternidade Cristão-Judaica do Rio de Janeiro, enviou uma mensagem ao Jornal ALEF, que posteriormente foi encaminhada por ele a grupos de discussão na Internet, comentando o recente decreto do papa Bento XVI, publicado na última edição: "não há nenhum fundamento para falar de ´retrocesso´ no diálogo. Além disso, não é uma reforma litúrgica, mas apenas uma permissão para grupos que gostam de rezar em latim". E acrescenta: "as críticas de ´teólogos´ católicos são ainda mais infundadas".
O Jornal ALEF também recebeu outra opinião sobre este assunto, manifestada por Maria Consuelo Cunha Campos, também integrante da Fraternidade Cristão-Judaica do Rio de Janeiro: "Após nossa reunião do referido diálogo ocorrida hoje (dia 11 de julho) na PUC-RJ, pude ler a edição do ALEF que esteve na nossa pauta. Vejo um ponto muito positivo: se o ALEF colocou como primeira notícia da edição esta, entre outra possíveis, é porque se interessa pelo diálogo, por seu progresso e não deseja seu retrocesso. Este fato só pode nos estimular".
Para Mauro Wainstock, diretor do Jornal ALEF, a celeuma é salutar e contribui para estreitar o louvável diálogo entre católicos e judeus. Para ele, a imprensa tem o papel não apenas de informar, mas também de alertar e conscientizar. A seu ver, o foco principal vai além da possibilidade de a missa ser rezada ou não em latim, mas tem a sua principal relevância no trecho “oremos pelos judeus, que Deus os faça conhecer nosso Jesus Cristo”, que denota explicitamente o sentido de pregação. "É isto o que deve ser explicado. E com todas as letras. O Jornal ALEF não pode e não vai silenciar quando se deparar com questões como esta", enfatiza Mauro Wainstock.
Nesta edição, o ALEF reproduz, na íntegra, a mensagem enviada ao jornal pelo Pe. Jesus Hortal, S.J, bem como está inserindo um link direto para a carta do Vaticano que explica o decreto papal. "Igualmente importante seria que o Vaticano fosse o primeiro a tomar atitudes sobre declarações anti-semitas que partem da própria Igreja, como a do sacerdote polonês Tadeusz Rydzyk, publicada na última edição do ALEF, e não esperar que a iniciativa de se pronunciar sobre este assunto fosse do Centro Simon Weisenthal, como ocorreu neste caso", enfatiza Mauro Wainstock.

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