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sexta-feira, 13 de julho de 2007

HAMAS É DEMAIS


Soldados seqüestrados,seres humanos encarcerados,famílias desesperadas
Tzipora Rimon, embaixadora de Israel no Brasil
Cada vez que um carro pára do lado de fora de sua casa, ela corre até a porta, sempre na esperança de que, um dia, o exército traga seu filho de volta. Ela espera que os mesmos veículos militares que levaram a notícia do seqüestro de seu filho, terminem com seu pesadelo. Dia após dia, suas esperanças recebem um novo golpe.Aviva Shalit espera pelo retorno de seu filho Gilad, de 20 anos, soldado das Forças de Defesa de Israel, seqüestrado pelo Hamas, no território israelense. Já se passou um ano e durante esse longo período, ela recebeu apenas uma carta e uma fita de áudio de Gilad. Sua ansiedade continua a crescer à medida que a tomada da Faixa de Gaza pelo Hamas segue sem solução. As famílias de Eldad Regev e Ehud Goldwasser, seqüestrados pelo Hezbolá, têm motivos para ter inveja dos pais de Shalit, pois estes pelo menos, sabem que o filho está vivo. Sem a mesma sorte, os Regev e os Goldwasser ainda não receberam nenhuma notícia de seus filhos. Essa agonia perdura há um ano.
"Trata-se de seres humanos reais;soldados sim, mas pessoas com famílias,esperanças e sonhos"
Estes não são apenas casos de crueldade deliberada, são violações da lei internacional. O Hezbolá tem violado claramente a Resolução 1701 do Conselho de Segurança das Nações Unidas (em 11 de agosto de 2006), que pede a "libertação incondicional dos soldados israelenses seqüestrados". Reivindicação reiterada em uma declaração do presidente do Conselho de Segurança, em 17 de abril de 2007, que observou "com profundo pesar" o fato de não ter havido progresso no caso.O secretário-geral também mencionou o seqüestro, no dia 14 de março de 2007, em um relatório ao Conselho. Ele afirmou que "o Hezbolá rejeitou publicamente a libertação imediata e incondicional dos dois soldados israelenses, insistindo ao invés disso, pela libertação de palestinos presos em Israel. Havia também, demandas proibitivas em relação à prova de que os dois soldados israelenses estivessem vivos".Com base nisso, instou os líderes do Hezbolá "a evitar demandas desproporcionais e prolongar a barganha que não pode ser considerada adequada em face da urgência humanitária dos casos e da mensagem clara da resolução 1701 (2006)". A ONU reivindica a libertação dos soldados. No entanto, a comunidade internacional pode fazer mais. É tempo de exercer pressão sobre o Irã e a Síria - nações estas que apadrinham o Hezbolá e o Hamas. Estes dois regimes podem ter as chaves das celas de Shalit, Regev e Goldwasser. Enquanto a disputa internacional continua, esquecemos de um fato vital: trata-se de seres humanos reais; soldados sim, mas pessoas com famílias, esperanças e sonhos.
Gilad Shalit tinha 19 anos quando foi seqüestrado, em 25 de junho de 2006. Filho de Aviva e Noam Shalit, ele nasceu em uma pequena comunidade muito unida na Galiléia, onde todos sentem sua falta. É descrito como uma pessoa educada e quieta.Eldad Regev, de 26 anos, tinha completado seus exames para cursar Direito na Universidade Bar Ilan, quando foi chamado para o exército. Foi seqüestrado em 12 de julho de 2006. Três dias antes, recebeu licença para participar de um ato religioso em memória de sua mãe já falecida. É filho de Zvi e Tova Regev (in memoriam), e irmão de Benny, Ofer e Eyal.Ehud Goldwasser, de 31 anos, era recém-casado com Karnit. Foi seqüestrado junto a Eldad Regev. Estudou engenharia do meio-ambiente na Universidade Technion, em Haifa. É considerado gentil e amável. Ele é filho de Miki e Shlomo Goldwasser e o irmão mais velho de Yair e Gadi.Com a ajuda da comunidade internacional, talvez da próxima vez que a campainha tocar nas casas de Shalit, Regev e Goldwasser, seus filhos estejam lá, de volta, vivos, assim como o jornalista da BBC, Alan Johnston, libertado no último dia 04 de julho.
Publicado na Gazeta do Povo

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