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domingo, 23 de setembro de 2007

UnB desenvolve propulsor de plasma

UnB desenvolve propulsor de plasma

OS ABNEGADOS CIENTISTAS BRASILEIROS CONTINUAM TRABALHANDO, MESMO SEM TEREM O MENOR INCENTIVO POR PARTE DO GOVERNO.



São Paulo (Agência Fapesp) - O protótipo de um propulsor a plasma capaz de aumentar a vida útil de satélites brasileiros de pequeno e médio porte foi desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Física da Universidade de Brasília (UnB). Batizado de Phall-I, o equipamento utiliza uma técnica inovadora para a economia de energia elétrica necessária para acionar os propulsores usados para colocar os satélites em órbita ou corrigir eventuais desvios.

O dispositivo emprega um arranjo de ímãs como fonte de campo magnético, combinado com um campo elétrico gerado por um anodo no interior de um canal de formato cilíndrico em que o plasma é produzido e acelerado eletromagneticamente. O jato de plasma expelido faz com que o satélite se movimente em resposta ao empuxo produzido.

Plasma é um gás altamente ionizado e constituído por elétrons e íons positivos livres, de forma que a carga elétrica total é nula. Segundo o coordenador do trabalho, José Leonardo Ferreira, chefe do Laboratório de Plasma da UnB, a técnica permite a diminuição em até 30% da energia elétrica. “Os propulsores a plasma do tipo Hall foram inventados por pesquisadores russos na década de 1970. O que fizemos foi usar o mesmo princípio e adicionar um novo sistema de produção de campo magnético, mais econômico do ponto de vista do consumo de energia elétrica”, disse. “Ímãs permanentes são acoplados no propulsor. O campo magnético produzido contribui de maneira mais eficiente para a geração e aceleração do plasma que movimentará o satélite, fazendo com que parte da energia não seja mais extraída das baterias”, explicou.

O propulsor tem capacidade de gerar 85 milinewton de empuxo, produzir entre 10 e 12 partículas de plasma por centímetro cúbico e acelerar o plasma em até 600 elétrons-volts. “Essas características inserem nosso protótipo no mesmo nível de propulsores desenvolvidos pela Rússia, França e Estados Unidos”, afirmou Ferreira.

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