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domingo, 16 de novembro de 2008

UM NÓ BEM APERTADO.


Este texto é para reflexão. O seu autor não foi identificado.

O NÓ DO AFETO


Era uma reunião de pais, numa escola da periferia e a diretora ressaltava o apoio que os pais devem dar aos filhos. Pedia-lhes também que se fizessem presentes o máximo de tempo possível...

Ela entendia que, embora a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhasse fora, eles deveriam achar um tempinho para se dedicar às crianças e procurar entendê-las.

Mas, a diretora ficou muito surpresa quando um pai se levantou e explicou, com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo durante a semana, porque, quando ele saia para trabalhar era muito cedo e o filho ainda estava dormindo...E, quando ele voltava do serviço já era muito tarde e o garoto não estava mais acordado. Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família, mas também contou que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho e tentava se redimir indo beijá-lo todas as noites quando chegava em casa. E, para que o filho soubesse de sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria. Isso acontecia, religiosamente, todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia, por meio dele, que o pai tinha estado ali e o beijado. O nó era o meio de comunicação entre eles.

A diretora emocionou-se com aquela singela história e ficou surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.

O fato faz-nos refletir sobre as muitas maneiras de as pessoas se fazerem presentes, de se comunicar com os outros. Aquele pai encontrou a sua, que era simples, mas eficiente. E, o mais importante, é que o filho percebia, por meio do nó afetivo, o que o pai estava lhe dizendo.

Por vezes, importamo-nos tanto com a forma de dizer as coisas e esquecemos a principal, que é a comunicação através do sentimento.

Simples gestos, como um beijo e um nó na ponta do lençol valiam, para aquele filho, muito mais do que presentes ou desculpas vazias. É válido que nos preocupemos com as pessoas, mas é importante que elas sintam isso.

Para que haja a comunicação é preciso que as pessoas "ouçam" a linguagem do nosso coração, pois, em matéria de afeto, os sentimentos sempre falam mais alto que as palavras. É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro afeto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o medo do escuro.

As pessoas podem não entender o significado de muitas palavras, mas sabem registrar um gesto de amor. Mesmo que esse gesto seja apenas um nó cheio de carinho e afeto. Você já deu algum nó afetivo hoje?

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