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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Conhecendo um pouco do Mar Morto.


No tempo de Jesus Cristo, o deus grego dos pastores era venerado junto as fontes do Jordão.

O deus com pés de cabra levava aos lábios a flauta, como se quisesse modular uma canção para acompanhar o Jordão em sua longa viagem. A cinco quilômetros daquela fonte, para os lados do oeste, ficava a bíblica Dan, o sítio mais setentrional do país, repetidamente citada na Bíblia. Também ali, na encosta sul do Hermon, brotava uma nascente de águas claras. Uma terceira fonte desce de um vale situado mais acima. O fundo do vale fica pouco acima de Dan, quinhentos metros acima do nível do mar.

Onde o Jordão atinge o pequeno lago Huleh, vinte quilômetros ao sul, o leito já baixou até dois metros acima do nível do nível do mar.

Depois o rio se precipita por um espaço de pouco mais de dez quilômetros até o lago de Genesaré.

Em seu curso, das vertentes do Hermon até esse local, num trecho de quarenta quilômetros apenas, desceu setecentos metros.

Do lago Tiberíades, os membros da expedição americana desceram o Jordão em dois barcos de metal, percorrendo seus meandros. Gradualmente sua vegetação ia se tornando mais esparsa.

Só nas margens do rio ainda havia moitas espessas, Sob o sol tropical, surgiu a direita um oásis > Jericó.

Pouco depois chegaram ao seu destino.

Entre penhascos talhados quase a prumo, estendia-se a sua frente a vasta superfície do Mar Morto.

A primeira coisa que fizeram foi tomar um banho. Os homens que saltaram na água tiveram a impressão de que vestiam salva-vidas, tal a maneira como foram impelidos para cima.

As antigas narrativas não haviam, pois, mentido. Naquele mar, ninguém podia se afogar. O sol escaldante secou a pele dos homens, quase instantaneamente.

A fina camada de sal que a água deixara em seus corpos fazia-os parecerem completamente brancos.

Ali não havia moluscos, peixes, algas, corais, nada. Naquela mar não navegava um barco de pesca.

Não havia frutos do mar nem frutos da terra. Suas margens desoladas e nuas. As costas do mar e as faces dos rochedos lá no alto, cobertas de enormes camadas de sal endurecido, brilhavam ao sol como diamantes. A atmosfera estava saturada de cheiros acres e penetrantes. Cheirava a petróleo e enxofre.

Sobre as ondas flutuavam manchas oleosas de asfalto, o que a Bíblia chama de betume. Gn 14:10

Os barcos americanos cruzaram o Mar Morto durante vinte e dois dias. Tomaram amostras de água, analisavam-nas, e a sonda era lançada ao fundo continuamente.

Verificaram que a foz do Jordão, no Mar Morto. ficava trezentos e noventa e três metros abaixo do nível do mar.

Se houvesse uma comunicação com o Mediterrâneo, o Jordão e o lago de Genesaré, distante cento e cinco quilômetros, desapareceriam. Um imenso mar interior se estenderia até as margens do lago Huleh.

" Quando uma tempestade irrompe naquela bacia de penhascos", observa Lynch; " as ondas golpeiam os costados do barco como marteladas, mas o próprio peso da água faz com que em pouco tempo se aplaquem, depois que o vento cessa."

Através do relatório da expedição, o mundo do ficou sabendo pela primeira vez de dois fatos espantosos.

O Mar Morto atinge quatrocentos metros de profundidade; o fundo do mar fica, portanto, cerca de oitocentos metros abaixo da superfície do Mediterrâneo.

A água do Mar Morto contém cerca de trinta por cento de elementos componentes sólidos, a maior parte constituída por Cloreto de Sódio ( sal de cozinha ).

Os oceanos contém apenas de quatro a seis por cento de sal. Nessa bacia de setenta e seis quilômetros de comprimento por dezessete de largura desembocam o Jordão e muitos rios menores.

Sob o sol escaldante, evaporam-se, dia após dia, oito milhões de metros cúbicos de água de sua superfície. As matérias químicas que esses rios conduzem permanecem nessa bacia de mil duzentos e noventa e dois quilômetros quadrados de superfície.


Fonte: Geografia Bíblica - SBTCRJ - 2004

J. Lanes

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