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segunda-feira, 26 de novembro de 2018

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Só suposição.


Possível lago de água líquida é descoberto sob a superfície de Marte

Por , em 25.07.2018
Finalmente! Depois de anos e anos de busca, os cientistas encontraram evidências de água líquida em um corpo estável em Marte. Segundo observações feitas na calota de gelo no polo sul, o planeta vermelho possui um grande aquífero sob sua superfície. Os pesquisadores detectaram o possível reservatório de água com a Mars Express Orbiter, uma espaçonave europeia que orbita Marte desde 2003. Utilizando o radar da nave, chamado MARSIS, eles detectaram uma área cerca de 1,6 km abaixo da superfície com cerca de 20 km de largura.
Segundo os pesquisadores, a estrutura tem uma assinatura de radar que corresponde a aquela encontrada quando se analisa água líquida subterrânea na Terra, o que leva a equipe a concluir que há um lago sob a geleira.
“Fiquei sem ideias sobre como explicar isso de uma forma que não seja a da água. Tentamos esgotar todas as alternativas possíveis e achamos que fizemos isso”, afirma Roberto Orosei, pesquisador do Instituto Nacional de Astrofísica da Itália e líder da equipe, em entrevista ao site The Verge.
Marte é muito frio e seco para a água líquida permanecer em sua superfície. No entanto, pesquisas anteriores já haviam mostrado fundos marinhos antigos e redes de vales fluviais que sinalizam que Marte já foi coberto por rios, córregos, lagoas, lagos e talvez até por mares e oceanos. Pesquisas anteriores encontraram até mesmo possíveis sinais de água líquida fluindo na superfície marciana, porém, essa é a primeira vez que evidências apontam para um corpo de água estável e existente nos dias de hoje no planeta.
Embora eles ainda não tenham detalhes das características de todo o reservatório, ele tem potencial para ser profundo. “Não podemos ver o fundo deste corpo. Ele tem pelo menos dois ou três metros de profundidade”, diz a co-autora do estudo, Elena Pettinelli, geofísica da Universidade Roma Tre, na Itália, ao portal Popular Science.

Possibilidade de vida

A nova descoberta mostra um caminho para encontrarmos vida em Marte. Água líquida normalmente abriga bactérias e outros tipos de seres vivos. Bactérias foram encontradas aqui na Terra em água sob geleiras na Antártida e na Groenlândia, por exemplo. Um reservatório subterrâneo pode ser o lugar perfeito para os micróbios de Marte também sobreviverem.
“Praticamente em qualquer lugar onde há água líquida na Terra, você encontra algo que conseguiu sobreviver”, diz Tanya Harrison, cientista planetária e diretora de pesquisa da Iniciativa de Tecnologia Espacial e Ciência Espacial da Universidade Estadual do Arizona, nos EUA, também em entrevista ao The Verge.
Porém, a descoberta deste corpo de água não significa necessariamente que estamos perto de encontrar vida em Marte. Em entrevista à rede BBC, o Dr. Manish Patel, da Open University, do Reino Unido, diz que a descoberta é como um mapa do tesouro. “Há muito sabemos que a superfície de Marte é inóspita à vida como a conhecemos, então a busca por vida em Marte está agora no subsolo. É onde obtemos proteção suficiente contra a radiação prejudicial, e a pressão e a temperatura sobem para níveis mais favoráveis. Mais importante ainda, isso permite a existência de água líquida, essencial para a vida. Não estamos mais perto de realmente detectar a vida, mas o que essa descoberta faz é nos dar a localização de onde procurar. É como um mapa do tesouro – exceto que, neste caso, haverá muitos ‘X’ marcando os lugares”, acredita.

Sobrevivência sustentada

As evidências de água corrente em Marte – em 2015, a NASA anunciou que listras escuras vistas no planeta provavelmente eram feitas de água salgada – não estavam relacionadas à vida porque estes fluxos não pareciam muito habitáveis: apesar de serem incríveis, considerando que a temperatura média de Marte é de -62ºC, eles são muito pequenos e finos e apenas aparecem durante as partes mais quentes do ano, o que significa que qualquer criatura vivendo ali morreria durante o inverno. “Não haveria condições para uma sobrevivência sustentada”, diz Orosei na matéria do The Verge.
Estas correntes na superfície seriam possíveis porque o sal na água, provavelmente proveniente das rochas marcianas, diminuiria seu ponto de congelamento, permitindo que ela permaneça líquida em condições muito frias.
O aquífero sob a superfície não teria problemas com a mudança nas temperaturas marcianas: os pesquisadores afirmam que ele é potencialmente grande e estável, além de estar longe o suficiente da superfície para que não seja afetado por mudanças na temperatura. (A imagem abaixo mostra uma simulação da detecção do MARSIS: a parte azul escura da imagem da sonda, de alta reflectividade, seria a água líquida).
A água sob a superfície de Marte provavelmente contém muitos sais, como magnésio, cálcio e sódio. A equipe acha que o gelo polar no topo da água está criando muita pressão intensa, o que também torna mais fácil para o reservatório permanecer em estado líquido. O aumento da pressão evita que a água congele a temperaturas mais baixas. Por isso, é possível que este aquífero permaneça líquido durante todo o ano, o que é uma boa notícia para a habitabilidade. “É a coisa mais próxima de um habitat que encontramos em Marte. É o único lugar conhecido em Marte onde um microrganismo terrestre, pelo menos os mais resistentes, poderia sobreviver, embora não tenhamos certeza”, diz Orosei ao The Verge.
Orosei e sua equipe coletaram dados do polo sul de maio de 2012 a dezembro de 2015. Nos dois anos seguintes, a equipe passou a excluir todas as alternativas possíveis para aquilo que o instrumento MARSIS havia medido.
As medições do radar não dão boas indicações de espessura, por isso não sabemos o quão profundo é esse lago. Ele pode ser um corpo de água profundo ou um tipo de lama misturada com pedras. Felizmente, podemos obter mais algumas respostas sobre essa área em breve. Em maio, a NASA lançou uma nova sonda para Marte chamada InSight, projetada para investigar o interior do Planeta Vermelho e descobrir sua temperatura interna. Jim Green, cientista-chefe da Nasa, diz que a sonda de calor da InSight pode nos dizer quanto calor está escapando do planeta e se a água líquida é ou não sustentável mesmo sob o Pólo Sul. “Esse instrumento pode nos ajudar a entender se o calor é adequado para manter essa água líquida e não congelada”, revela.
Se houver um lago sob o polo sul de Marte, isso pode significar que há ainda mais aquíferos por lá que ainda não detectamos. “Este seria o primeiro bolsão de água [em Marte], e isso levanta a questão: há mais deles?”, questiona Green.
A InSight, porém, ainda não é suficiente para confirmar verdadeiramente a existência do lago ou se é realmente um lago. A NASA precisaria enviar um robô para perfurar o gelo ou enviar um tipo de radar mais poderoso para Marte, com mais sensibilidade do que o instrumento MARSIS. Não há planos atuais para enviar uma ferramenta como essa em qualquer futura espaçonave marciana. Mas Green diz que essa descoberta pode levar a conversas sobre que tipo de ferramenta pode fazer sentido enviar.
Um radar mais poderoso também pode ser capaz de descobrir outros aquíferos potenciais sob a superfície de Marte. O reservatório do polo sul tinha que ser razoavelmente grande para o MARSIS capturá-lo, mas um instrumento mais sensível poderia detectar bolsas de água menores. Encontrar mais desses lagos ocultos, especialmente em altitudes mais baixas e mais quentes, pode influenciar muito a maneira como enviaremos humanos a Marte um dia. Se realmente existe um aquífero debaixo de um bom local de pouso, a NASA pode tentar colocar humanos ali para perfurar o solo e procurar por micróbios.
“Isso poderia iluminar uma rede de aquíferos subterrâneos que esperamos ser mais convenientes e, em seguida, nos ajudar a decidir onde os humanos pousariam”, diz Green.

Próximos passos

A existência de água líquida sob a superfície de Marte, porém, ainda não está confirmada. Outro sistema de radar de penetração no solo em órbita de Marte, conhecido como SHARAD, montado na Mars Reconnaissance Orbiter, da NASA, não detectou este reservatório. No entanto, “o SHARAD usa ondas de rádio de alta frequência que não podem penetrar tão fundo quanto o MARSIS”, disse ao Popular Science Pettinelli.
Esta não é uma opinião compartilhada por todos os cientistas, porém. Ali Bramson, cientista planetária da Universidade do Arizona, nos EUA, diz na publicação da Popular Science que este reservatório está nos limites do que o SHARAD pode detectar. “Eu acho que o caso da água líquida seria mais forte se os dois radares tivessem detectado um sinal similar. Estudos adicionais das propriedades de materiais marcianos serão necessários para confirmar a interpretação da detecção”, alerta.
Avaliar se o reservatório existe não será tarefa fácil, uma vez que o polo sul de Marte não é exatamente o local mais apropriado para o pouso de sondas. “As temperaturas extremamente baixas nos polos de Marte e a falta de luz solar durante meses no inverno tornam muito difícil manter uma nave espacial operacional. Além disso, aterrissar no polo sul de Marte seria extremamente desafiador, dada a alta altitude lá, o que significa que não há uma quantidade suficiente de atmosfera para ajudar a desacelerar uma sonda na entrada, descida e pouso”, explica Bramson.
Superado este problema, teríamos que esperar um investimento em perfuração em outros planetas, daquele que Green diz esperar ser discutido na Nasa, para conseguir chegar até a água. “A escavação de quilômetros para chegar à base do gelo, onde essa suposta detecção subglacial de água líquida foi feita, exigiria um grande investimento na expansão das capacidades de engenharia que temos hoje para realizar perfuração profunda remotamente em outro planeta. Mas, se realizado, seria muito empolgante cientificamente, e também muito útil para a utilização de recursos disponíveis em outros planetas, o que ajudaria qualquer futura exploração humana em Marte e além”, acredita a cientista. [The VergeBBC NewsPopular Science]

Crédito: Hipescience

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Leiam isso.

Pacientes com câncer de mama estão recebendo exames perigosos sem necessidade

Por , em 17.07.2018
Uma pesquisa feita nos EUA por pesquisadores da Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF) descobriu que boa parte das mulheres com câncer de mama não metastático naquele país não estão recebendo as imagens de acompanhamento da doença de maneira correta. Algumas pacientes estão ficando sem as mamografias anuais recomendadas pelos especialistas, enquanto outras com o mesmo diagnóstico de câncer recebem exames de corpo inteiro que não são recomendados por especialistas e as expõem a quantidades significativas de radiação.
Os pesquisadores disseram que não encontraram nenhum padrão nos dados para explicar a variação no atendimento, mas suspeitam que isso aconteça em função das diferenças nas práticas comuns adotadas por determinados hospitais ou grupos de médicos. Além do risco da radiação, tomografias desnecessárias também têm um alto custo. Nos EUA, exames de corpo inteiro custam entre 2.000 e 8.000 dólares.
“Com o aumento vertiginoso dos custos médicos, os pacientes estão tendo que assumir uma responsabilidade cada vez maior pelas despesas extras. Esses pacientes já têm câncer, então você não quer induzir outro câncer com radiação de imagens desnecessárias”, argumenta Benjamin Franc, médico da UCSF, em matéria publicada no site da instituição.

Preocupação

Não há nenhum estudo que mostre o número de tomografias ou outros exames de corpo inteiro em casos assim no Brasil, mas um artigo publicado no site do Inca mostra a preocupação com a relação entre exames do tipo e a radiação.
“O Brasil possui menos de 1/3 dos equipamentos de tomografia computadorizada (TC) encontrados nos EUA, e sua produção anual de exames é muito inferior (cerca de 3 milhões de exames no SUS em 2012). Entretanto, alguns fatores podem fazer com que a produção de exames aumente exponencialmente no Brasil: maior oferta do exame nos últimos anos tanto no SUS como na Saúde Suplementar, melhoria do poder aquisitivo da população, envelhecimento da população e baixo acesso às informações sobre benefícios e riscos do exame. Os sistemas de saúde são complexos e qualquer mudança em alguma variável (como o aumento da oferta de exames de TC) pode acarretar desequilíbrios e provocar eventos adversos”, alerta no artigo Ronaldo Corrêa Ferreira, oncologista do Inca. “Em contextos de aumento da oferta de TC, devemos reduzir ao mínimo a realização de exames desnecessários”.
O estudo americano examinou dados de 36.045 mulheres entre 18 e 64 anos que fizeram cirurgia para câncer em um seio entre 2010 e 2012. Para limitar o grupo a pacientes com doença não metastática, os pesquisadores excluíram as mulheres que receberam quimioterapia nos primeiros 18 meses após a cirurgia. Diretrizes dos órgãos de saúde americanos recomendam que mulheres com câncer de mama não metastático devem receber exames físicos anuais e mamografias, mas não imagens de corpo inteiro com tecnologias como tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (MRI), tomografia por emissão de pósitrons (PET) ou exames de osso.
Segundo o texto publicado no site da universidade, os pesquisadores analisaram um período de 18 meses, em vez de um ano, para dar tempo das pacientes completarem qualquer terapia de radiação. Eles descobriram que as pacientes eram mais propensas a receber imagens de mama recomendadas dentro de 18 meses da cirurgia se fossem mais jovens ou caso tivessem feito radioterapia.
Eles descobriram que 70,8% das mulheres receberam pelo menos uma imagem de mama dedicada, uma mamografia ou uma ressonância magnética de mama, todos exames recomendados para essas pacientes. Mas 31,7% tinham pelo menos um procedimento de imagem de alto custo, e 12,5% tinham pelo menos um PET. Nenhum destes exames é recomendado sem um sintoma clínico específico.
O estudo também descobriu que somente cerca de metade das pacientes de risco mais baixo, que fizeram apenas cirurgia, receberam a mamografia recomendada dentro de 18 meses após o tratamento inicial. Entre aquelas que possuíam maior risco e fizeram a mastectomia e receberam doses de radiação, entre 64 e 70% receberam algum tipo de imagem de mama, seja mamografia ou ressonância magnética de mama. Mas, dependendo de onde viviam, entre 18 e 46% das pacientes recebiam imagens tomográficas de alto custo dentro de 18 meses depois de suas cirurgias.
“A idade e o tratamento fazem sentido como preditores de imagens de mama, mas não faz sentido que onde você mora faça diferença (no fato de) você ser propenso a fazer uma mamografia de acompanhamento ou imagens de alto custo”, diz Franc. “O que é contestável é que temos essas diretrizes, mas os médicos não as seguem”, protesta. [Universidade da CalifórniaScience DailyInca]
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segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Pior escolha.

Acaso, não está diante de ti toda a terra? Peço-te que te apartes de mim; se fores para a esquerda, irei para a direita; se fores para a direita, irei para a esquerda.

Abrão deixou Ló escolher para que lado iria.
Ló, então, pensou em passar o tio para trás. 
Escolheu o lado que parecia ser o melhor, e não exitou em deixar  Abrão com a pior terra.
O resultado dessa escolha foi catastrófico para Ló.
Nem sempre a melhor escolha é o melhor negócio.
Deus honrou a Abrão e Ló teve que ajustar contas com Deus.
Leia em Gênesis 13 o momento dessa separação.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Álcool X Câncer

Cientistas encontram evidências de que o álcool pode danificar diretamente o DNA, causando câncer. 



Crédito: HipeScience